março 12, 2013

A originalidade não existe


"A originalidade não existe"
por João Pereira Coutinho
Originalmente publicado na Folha de São Paulo -Ilustrada - 05/03/2013


Em 1916, um obscuro autor alemão, Heinz von Lichberg, escreveu um conto. O "Times Literary Supplement", anos atrás, publicou esse conto. História simples: um jovem estudante aluga um quarto de hotel e apaixona-se pela filha pré-púbere dos donos. O final é lúgubre para a "ninfeta" em questão. Nome do conto? "Lolita."

Quando li essa revelação, caí do céu. "Lolita", o romance de Vladimir Nabokov publicado em 1955, é um dos meus livros da vida. Mas agora existia uma sombra de ilegitimidade a pairar sobre a obra: teria Nabokov roubado a história a Heinz von Lichberg?

Nas semanas seguintes, a polêmica instalou-se nas páginas do "TLS". Conclusão possível: sim, Nabokov provavelmente lera o conto durante a sua passagem pela Alemanha. Mas era impossível estabelecer com certeza se o roubo foi consciente ou inconsciente.

E não seria de excluir que, décadas depois de o ler, Nabokov tenha iniciado a sua "Lolita" como se a ideia fosse sua e apenas sua.

Eis a tese do neurocientista Oliver Sacks em ensaio magistral para o "The New York Review of Books". Sacks não se ocupa de Nabokov, claro, embora o título do seu texto seja, ironicamente, um evocação do escritor ("Speak, Memory"). Sacks está interessado em analisar o fenômeno da "criptomnésia", que por vezes se confunde com o rasteiro "plágio".

Um erro, avisa Sacks. "Plagiar" é roubar de forma intencional e consciente o trabalho intelectual de terceiros. Mas "criptomnésia" é outra coisa: esquecermos as fontes do que lemos, deixando que a memória construa a sua própria "originalidade" sobre elas.

Isso é recorrente no trabalho intelectual e não existe autor --de Shakespeare a Coleridge, de Milton a T.S. Eliot-- que não tenha apresentado como seus os conceitos, as ideias e até as frases que nasceram de outras penas esquecidas.

Mas a "criptomnésia" não precisa do trabalho literário para tiranizar a nossa memória. O próprio Sacks relata uma experiência da sua juventude na Inglaterra, durante a Segunda Guerra, que nunca foi uma experiência real. Sim, ele julgava ter escapado a dois bombardeamentos nazistas. Até escreveu sobre eles com impressionante vivacidade.
Mas foi preciso o testemunho de um irmão mais velho para que a "verdadeira verdade" substituísse a "subjetiva verdade": ele, Oliver, experienciou o primeiro bombardeamento, não o segundo. Do segundo, lera apenas a respeito --e o impacto dessa leitura fez com que a memória diluísse a fronteira entre a "verdade histórica" e a "verdade narrativa". Ou, melhor dizendo, a "verdade narrativa" transformou-se em "verdade histórica".

A nossa memória é ambígua porque toma como verdade o que por vezes não foi verdade. Incorpora experiências, ou ideias, ou conceitos que não são radicalmente nossos. Mas que se oferecem como nossos quando as pegadas da originalidade já desapareceram do nosso areal interior.

Será isso uma fraqueza, que no limite impede qualquer criação ou recordação "autênticas"?
Longe disso, escreve Oliver Sacks: a "criptomnésia" é fundamental para qualquer atividade criativa. Se o nosso cérebro fosse um arquivo rigoroso, catalogando cada experiência ou referência com precisão mecânica, nós seríamos incapazes de funcionar ou criar. Não pela consciência insuportável de que nada é nosso.

Mas pelo motivo mais básico de que todas as informações, mesmo as mais desprezíveis, ocupariam todo o "espaço" mental.

Paradoxalmente, criamos porque esquecemos. E esquecemos, de forma ainda mais paradoxal, o que a nossa memória registrou como significativo para nós: um reservatório de conhecimentos ou encantamentos onde iremos voltar um dia --anos depois, décadas depois-- para construir as nossas "originalidades".

Por mim falo: escrevo porque leio. E esqueço o muito que li. Mas sei que nesse esquecimento a minha memória não dorme. Ela será sempre um ladrão silencioso e noturno, jogando para dentro da sacola uma ideia aqui, uma imagem acolá, uma provocação mais além.

Sem falar das minhas experiências de vida --as experiências vividas, as experiências escutadas, as experiências inventadas-- e que já fazem parte do meu DNA. Serei uma fraude, como o velho Vladimir e a sua "ninfeta"?

Melhor, leitor, muito melhor: como todos nós, sou uma fraude que se julga original.

Casa Vogue





março 08, 2013

Bolsa de Valores


"Bolsa de Valores"
por Nizan Guanaes
Originalmente publicado na Folha de São Paulo - Caderno Mercado - 05/03/2013

Marketing é comunicação, e a revolução da comunicação obviamente é a revolução do marketing.

É uma revolução de várias faces e vertentes: a comunicação entre as marcas e seus públicos é agora um diálogo aberto com vários protagonistas.

Não adianta mais ter um roteiro pronto, por melhor que sejam as falas. É preciso estar pronto para o diálogo, a exposição e o escrutínio permanentes de um público que cada vez mais tem mais informação sobre você, seus fornecedores, seus concorrentes, seus preços, suas práticas comerciais, suas relações com a comunidade.

Logo veremos o dia, e ele parece cada vez mais próximo, em que um consumidor, antes de qualquer decisão de consumo, abra uma pequena tela com todos os dados relevantes sobre aquele produto, a sua marca e o seu fabricante.

Aplicativos para consumidores conscientes crescerão como crescem o consumo consciente e a indústria de aplicativos.

Por isso a marca será cada vez mais coisas. Ou melhor, a marca será cada vez mais valores.
E o marketing cada vez mais será focado nesses valores, já que eles serão cada vez mais relevantes na hora da venda. E da compra.

É o que nos Estados Unidos está se chamando de "purpose marketing", que leva ao consumidor não só as mensagens da marca, mas, principalmente, os valores envolvidos na sua produção.

E, nesse mercado de valores, todos saem ganhando.

Nesta época em que se fala mais da experiência de compra e menos do ato de compra, o marketing de valores estabelece conexões com o consumidor que vão muito além da relação com o produto que ele está adquirindo.

A conexão se expande para os valores da marca e da empresa que a produz, a forma com que a organização lida com o ambiente, as comunidades, seus colaboradores, fornecedores, o país, o planeta.

A cobertura do marketing nesse novo prisma é ampliada exponencialmente para tratar de elementos que antes não tinham essa relevância.

Há uma lógica cristalina nisso tudo: a relação da empresa e da marca com seus clientes e consumidores será muito mais forte se, além da relação comercial via produto, os dois lados estabelecerem uma relação afetiva e cidadã via valores compartilhados.

Sempre existirão céticos e cínicos a dizer que isso não passa de "marquetagem" para vender produto.

Uma resposta cética e cínica é que no mundo da informação isso só pode ser feito se for genuíno e concreto, pois o risco e o custo de ser desmascarado são altos demais para corrê-los.

Hoje ou você coloca os valores sociais e a sustentabilidade dentro do seu modelo de negócios ou você estará fora da onda e corre risco de ficar fora do mercado.

A mensagem do marketing não é mais "compre", mas é "compre de maneira responsável". Compre com sua carteira e com seus valores.

Esse novo marketing afinal acessa, libera e conduz o potencial social natural que existe em toda empresa.

Em vez de buscar apenas o lucro líquido, as empresas precisam buscar também o orgulho líquido.

Se, depois do lucro líquido, não sobrar orgulho do que está sendo feito, um dia provavelmente não vai sobrar nada.

E criar orgulho é muito mais difícil do que criar lucro. É um grande desafio que deve servir como combustível para impulsionar empresas e inovações.

Não é mais sustentável fazer lucro sem cuidar da cadeia produtiva. É preciso dar assistência e horizonte aos colaboradores, ser rigoroso com fornecedores e generoso com as comunidades envolvidas.

No mundo da informação e do consumidor informado, orgulho líquido estará cada vez mais ligado ao lucro líquido.

A melhor forma de competir em mercados globais cada vez mais disputados é ter o melhor lucro dentro das melhores práticas. Lucro e valores podem ter sido inimigos eventuais no passado, mas são grandes aliados neste futuro já presente.

Siga o dinheiro, mas o dinheiro orgulhoso. Diante de novos projetos agora é preciso fazer duas perguntas: Isso dará dinheiro? Isso dará orgulho?


março 04, 2013

Peças com inspiração totalmente brasiliera - "sul-brasileiras"

O Hotel Unique sediou o lançamento de uma nova grife de móveis, a Benita. A marca foi criada pelo herdeiro do grupo Mannes, Roberto Mannes Jr, 25, que sonhava vender peças capazes de expressar a cultura brasileira. Mannes Jr. convidou um elenco de cinco designers para criar as peças, do qual a Metroquadrado fez parte.



Conceber uma peça com inspiração totalmente
brasileira, que transmitisse a ideia de um Brasil contemporâneo e de
brasilidade, foi o objetivo deste trabalho. Entretanto, ao
questionarmos o que de fato significa “brasilidade” – ou ser
brasileiro - em um país de dimensões continentais, verificasse
que existem diversas ideias de representação da
estética brasileira, a qual muitas vezes utiliza-se da
necessidade de estereótipos, tendo em vista a
complexidade de se definir o termo. O escritor argentino
Jorge Luís Borges diz que “a arte deve ser como um
espelho que nos revela a própria face”. A poltrona Preguiça
veio, portanto, de uma visão muito particular, baseada em
nossas referências “sul-brasileiras”.

O clima temperado. As zonas fronteiriças. O
horizonte de céu fincado no chão. O pampa e suas
paisagens planas e nostálgicas. O poncho. O cavalo e o
nevoeiro. A milonga melancólica. As vidraças embaçadas
dos cafés e docerias. O aconchego encontrado num mate
fumegante. A chuva. A neve. O frio. Habitantes de um
território distante da realidade tropical do país, fomos
influenciados por nossas origens, abarcadas pela cultura
platina dos países do Prata e os estados do sul do Brasil.

De revisitarmos a tradição para refletir sobre um
Brasil contemporâneo surgiu a Preguiça, uma poltrona
carregada de identidade, que abraça e convida à pausa e à
prosa. Propõe movimentos mais lentos e aproxima as
pessoas, como rege a cartilha de uma boa roda de
chimarrão.

O desenho conciso e rigoroso da poltrona
materializa a célebre do ensaísta Alejo Carpentier: “O frio
geometriza as coisas”. Sobre suas proporções robustas,
entrelaçadas por percintas e estruturadas com madeira
maciça de Tauarí, acomoda-se despojadamente uma
confortável almofada de couro legítimo, trabalhada com
costuras e ilhoses que remetem à tradicional indumentária da região.












 A POLTRONA PREGUIÇA, é uma peça de
extrema durabilidade e resistência, por tratar-se de
madeira maciça, couro legítimo e percintas de alto
desempenho. Concebida de forma artesanal, prima pelo
refinamento de marcenaria e detalhes, como os negativos
na madeira e na costura da almofada. Autêntica,

 carregada de conceito e identidade.



A TRONCO integra, ao lado da poltrona Preguiça, o
conjunto de peças encomendadas pela BENITA;
móveis com inspiração totalmente brasileira, que transmite
a ideia de um Brasil contemporâneo e de brasilidade.




A Tronco é  uma peça de mobiliário de chão, lúdica, irreverente e indefinida,
enquadrando-se entre um pufe, uma chaise ou um futon.



Tronco é a junção do conforto de uma almofada
em couro legítimo de grandes dimensões, recheada de
pluma de ganso e produzida com primor artesanal,
contrastando com a simplicidade rústica de dois troncos
soltos de eucalipto, destinados ao apoio da cabeça e dos
pés. Os detalhes das costuras e ilhoses remetem à
tradicional indumentária gaucha. Os troncos parecem ter
saído de algum terreno próximo, dando irreverência à
peça.





Abaixo algumas imagens tiradas do vídeo de apresentação da Benita, ilustrado com os croquis da Preguiça e da costura do couro. Confira na íntegra o vídeo com o depoimento de toda equipe e o conceito da marca! Vídeo Benita








março 01, 2013

Design da Metroquadrado para Benita


Nosso Estúdio, segmento da Metroquadrado dedicado à criação de linhas e produtos, voltados principalmente ao design de móveis e ao design gráfico, dando suporte aos projetos do escritório e à indústria moveleira, tem uma de suas peças em destaque na matéria da CASA VOGUE


Batizada de PREGUIÇA, está poltrona convida à prosa, inspira o conforto de uma conversa em um sábado à tarde. Lembra as paisagens planas dos pampas, onde foi concebida. A confortável almofada de couro molda-se perfeitamente ao ocupante e à estrutura de madeira maciça Tauarí.

A matéria completa podemos conferir AQUI





fevereiro 26, 2013

Intervenção Cultural / GOGò Forever




Inspirada na obra de Alberto Giacometti, a proposta conceitual da Metroquadrado para a "Intervenção Cultural Gogò Forever" priorizou o processo de criação. Tal qual o surrealismo do artista suíço, ao deformar suas proporções e superfícies, propõe uma versão carregada de força e drama, livre da estética harmoniosa e elegante, características no desenho original da peça italiana.
Ao recontextualizarmos o objeto, a Gogò abandona sua função de assento e passa a instigar novas sensações, relacionando-se de outras formas com o espaço. Como uma cadeira que ganha vida própria e que caminha com seus próprios pés, carrega, em sua expressão marcada de deformações e manipulação de texturas, as inúmeras histórias de quem por ali passou. Afinal, para Giacometti, a aparência é feita do acúmulo daquilo que vemos e do que guardamos na memória.
Aqui podemos ver passo à passo a criação da Metroquadrado: Gogòmetti

A INTERVENÇÃO
Promovida pela B+STORE, a intervenção cultural visa difundir a cultura do design através de uma ação beneficente, tendo a mundialmente consagrada cadeira Gogò como suporte criativo. Foram convidados a participar desta ação beneficente profissionais de arquitetura, artistas plásticos, estilistas, designers e acadêmicos de arquitetura e design, totalizando 25 criações. Durante alguns dias, as cadeiras customizadas serão expostas ao público, para que posteriormente possam ser adquiridas em Leilão beneficente, fazendo com que a arte torne-se fonte de ajuda a uma entidade de crianças carentes, o Lar Emanuel.
A CADEIRA GOGò
Projetada pelo Italiano Marcello Ziliani, a cadeira Gogò foi inspirada nas formas da natureza com um desenho harmonioso e elegante, tornou-se um ícone do design moderno, conquistou milhares de pessoas e é a cadeira mais vendida no mundo até hoje, encontrada em mais de 200 países. O assento é produzido em polipropileno, que torna resistente e agradável ao toque. A cadeira Gogò chegou ao Brasil na década de 90, trazida pelo italiano Luciano Bedogni, proprietário da marca.
O LAR EMANUEL
O Projeto nasceu em 1994, da iniciativa de Gilson Marcio Soares, que oferecia café da manhã para crianças carentes no centro de Joinville. Foram muitas as transformações nesta trajetória, visando a garantia dos direitos de crianças e adolescentes que por ela transitaram. O Projeto Lar Emanuel acolhe hoje crianças e adolescentes com idade de 0 a 12 anos em regime de Casa Lar, como forma de medida de proteção, respeitando os artigos 93 a 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
No vídeo abaixo podemos conferir o processo criativo dos convidados deste projeto:

MOSTRA CASA NOVA


Mostra Casa Nova  Espaço Metroquadrado® + HONDA Satoru

 Da MPB à música erudita, passando pela bossa nova, o samba e a música contemporânea, o evento tem como título “Mostra Casa Nova em Sete Notas” e foi realizado na Escola Básica Silveira de Souza, um patrimônio histórico e cultural, no centro de Florianópolis.

Se o tema da mostra norteou o espaço projetado pela Metroquadrado®, a HONDA Satoru – grande parceira do evento – deu o “tom”.

Pensado para ser um legado deixado após a mostra, a Metroquadrado® criou uma reinterpretação do tradicional Coreto de música, palco para futuras apresentações da escola, e teve um carro da Honda como estrela principal durante o evento.

Na chamada do evento, o arquiteto Miguel Cañas Martins dá uma palhinha sobre esse projeto:  Mostra Casa Nova

A forma do espaço foi inspirada nas origens japonesas da marca Honda, escolhendo-se o origami como símbolo de sua tradicional e secular cultura.

Como se representasse um iceberg que parece brotar no meio do jardim da casa histórica, a estrutura irregular abre-se e desdobra-se em formas geométricas de diversos ângulos, como numa peça de papel sem cola ou cortes.

A arquitetura desconstrutivista da concha acústica nos faz refletir sobre os efeitos e sensações provocadas pela música. Pretende com isso desconstruir qualquer forma tradicional e suas sensações “amorfas”. Assim como na música, pretende valorizar sensações de forte impacto emocional e abrir brechas para a memória e suas associações.

Ritmo, harmonia, tempo e espaço. Características presentes na música e na arquitetura. Duas artes que traduzem épocas e refletem modos de vida. Se para Arthur Schopenhauer arquitetura é música congelada, o coreto em forma de iceberg projetado pela Metroquadrado® provoca o visitante a criar sua própria trilha sonora e convida a pensar: afinal, qual é a sua música?  O vídeo em parceria com a WeArt  é tão sensacional que só vendo para acreditar; confira já:  vídeo We art e Metroquadrado




Missão Casa / Entrevista Arqto Daia

O arquiteto Luis Eduardo S. Thiago (Daia) concedeu uma entrevista em seu apto na praia do Campeche, Florianópolis para o programa Missão Casa. A entrevista é uma aula de história da arte, arquitetura e design, onde podemos conferir a combinação perfeita de peças assinadas pelos maiores designs da atualidade e de todos os tempos. Imperdível! 

Confira a entrevista na íntegra: Entrevista Missão Casa





fevereiro 25, 2013

Metroquadrado na CASA VOGUE

É com muita satisfação que compartilhamos a matéria incrível que a equipe da CASA VOGUE elaborou sobre o nosso projeto residencial localizado em Joinville.
A emoção é tanta que já vamos aos finalmentes: Confira aqui




Segue um trecho da matéria: " ...nem todos os projetos do mundo real apresentam soluções bem resolvidas, que encaram todas as problemáticas apresentadas pela natureza de frente. Não é o caso desta grande casa joinvilense de 970 m², projetada pelos arquitetos do escritório Metroquadrado. Ela traz em si inúmeras pequenas lições àqueles que querem fazer boa arquitetura."


 Parceiros e Fornecedores:
Susane Wolf Tomelin (interiores)
LC Construções (construção)
Agrícola Boa Vista (paisagismo)
Marmoraria Trevo (mármores e granitos)

janeiro 25, 2013

Os murais mais incriveis do Mundo

Uma das capitais mundiais da street art, São Paulo assistiu à transformação de três de suas empenas – aquelas paredes laterais, sem janelas, de prédios antigos – em verdadeiras obras de arte. A ação é uma espécie de evolução da Lei Cidade Limpa, que reduziu a poluição visual da cidade e liberou espaço para outros tipos de interferências na paisagem, como os três grafites que agora ocupam edifícios da avenida Paulista, da rua da Consolação e da avenida Brigadeiro Faria Lima. Para atestar o crescimento dessa modalidade de arte urbana e brindar iniciativas do gênero, acompanhamos a lista da Casa Vogue que numerou os dez dos mais impressionantes grafites a colorir edifícios e cidades de todo o mundo.
Veja!
 

São Paulo
Autor: Rui Amaral
Das três obras recentemente realizadas pelas ruas de São Paulo, o destaque fica por conta do grafite feito por Rui Amaral na parede lateral de um edifício na avenida Paulista. Sua inserção na fachada valoriza a arquitetura, além de fazer uma menção à empresa que patrocina a ação nas empenas paulistanas. _____________________________________________________________________
 

Bristol, Grã-Bretanha
Autor: Aryz
Uma rua da cidade portuária de Bristol, no sudoeste da Inglaterra, foi inteiramente renovada graças à street art. Trata-se da Nelson Street, que teve seus muros e paredes coloridos por artistas de todo o mundo em uma ação chamada See No Evil Street Art Project. Entre os grafites mais comentados, está aquele realizado pelo artista espanhol Aryz. O sucesso da iniciativa é tanto que a prefeitura local resolveu fazê-la anualmente, estendendo-a a outras vias do Centro.
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Moscou, Rússia
Autor: Alexandre Farto
Conhecido como Vhils, Alexandre Farto é chamado pela imprensa europeia de "O Banksy Português", em referência ao famoso grafiteiro britânico, que popularizou a street art. Com apenas 23 anos, o artista luso começou seu trabalho nas ruas de Lisboa, criando esculturas e retratos a partir de técnicas que vão do uso de explosivos a simples pinceladas de tinta. Em comum, as obras têm o fato de retratarem pessoas anônimas das grandes cidades.
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Lodz, Polônia
Autor: Etam Crew
A cidade de Lodz, na Polônia, realizou em maio o festival Fundacja Urban Forms, dedicado a diferentes modelos de arte urbana. O grafiteiro Sainer, do coletivo local Etam Crew, realizou, em apenas uma semana, aquela que é a obra mais consagrada do evento. O sucesso do painel foi tamanho que a prefeitura decidiu torná-la uma obra permanente da paisagem urbana local.
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Nova YorkAutor: Eduardo Kobra
Outro artista paulista com reconhecimento internacional é Eduardo Kobra. Após realizar uma série de grafites pelas ruas de São Paulo, ele foi recentemente chamado para fazer este que é um dos projetos mais celebrados do circuito que acompanha a High Line, a via elevada que foi transformada em parque urbano e corredor de arte com acesso exclusivo para pedestres. O mural faz uma referência à foto de Alfred Eisenstaedt, que registrou o beijo mais famoso do mundo na Times Square, pela celebração do fim das hostilidades entre EUA e Japão na 2ª Guerra Mundial.
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Lüneburg, AlemanhaAutor: Herakut
Com a frase "Art doesn't help people, people help people" (em português, "arte não ajuda as pessoas, pessoas ajudam pessoas"), o grafiteiro alemão Herakut roubou a cena durante o último Artotale Festival, um dos maiores eventos de arte da rua da Alemanha, realizado anualmente na cidade de Lüneburg. A obra traz uma criança vestida como um pássaro, em posição de defesa.
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Nova YorkAutores: OsGêmeos
O ano de 2010 é um marco na trajetória d'OsGêmeos, de São Paulo. Foi quando eles realizaram o grafite que lhes garantiu fama na cena artística de Nova York. O trabalho contou com a parceria do artista local Futura e fez parte dos festejos do Festival Mundial de Basquetebol, cujo tema naquele ano foi Unite We Rise. A obra foi realizada em uma das empenas do William T. Harris Elementary School, na rua 21.
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Atlanta, EUAAutor: Roa
Desde 2010, a cidade norte-americana de Atlanta realiza o Living Wall Conference, festival inteiramente dedicado ao grafite e à street art. Em 2011, a lateral de um galpão centenário foi transformada no lar de um crocodilo que se mantém imóvel em uma posição pouco provável, com as patas voltadas para o alto.
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Katowice, Polônia
Autor: Escif
A cidade polonesa de Katowice também possui seu festival de arte de rua e, em 2012, o destaque foi a obra realizada pelo coletivo espanhol Escif. Trata-se de um interruptor gigante que questiona o uso excessivo da tecnologia pela sociedade contemporânea. O tom acinzentado do mural salienta a inércia dessa dependência.
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Szczecin, Polônia
Autores: Sepe, Lump e Chazme718
Em um país como a Polônia, que até hoje convive com imensos vazios urbanos decorrentes dos bombardeios da 2ª Guerra Mundial, a street art tem o papel de trazer cor e sentido para muros e paredes que, antes, serviam apenas como memória deste passado recente. Na cidade de Szczecin, no noroeste do país, os grafites são comuns, e este, realizado em 2011 pelo duo Chazme718 e Sepe, em parceria com o artista Lump, faz uma crítica à situação econômica de boa parte das famílias polonesas.
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Boston, EUAAutores: OsGêmeos
A notoriedade da dupla paulista OsGêmeos rendeu-lhes sua primeira exposição individual nos Estados Unidos. A mostra abriu as portas no Institute of Contemporary Art de Boston, e fica em cartaz por 18 meses. Parte da mostra é este novo mural, concluído no final de julho e uma das primeiras obras realizadas dentro da legalidade na conservadora cidade do nordeste dos EUA.

janeiro 24, 2013

Mesma Forma | Nova função

Olha que ideia mais original os arquitetos/designers Denise Braga e Pablito Leyvio bolaram: uma cadeira de praia com a cara do Brasil! Elas traduzem bem o nosso país, de uma maneira elegante e sem usar aqueles estereótipos tão batidos que a gente está cansado de ver.
Um novo desenho vai surgi em nossas orlas...vamos apostar?!