abril 24, 2009

Lixo? Quem disse?


Lembro que semanas atrás estávamos conversando sobre transformar um objeto, a princípio convencional, em uma relíquia, pelo ato de selecionar e isolar este objeto, como se precisasse ser protegido. É o que acontece quando pegamos algo e colocamos em uma redoma de vidro ou num pedestal: Se torna um símbolo! Não o objeto em si, mas ao que ele remete, o significado agregado a ele, ou o contexto em que ele se inseria.
É o que fez Justin Gignac, quando resolveu transformar o lixo de nova York em um souvenir.

“Nova York produz todos os dias 11,8 toneladas de lixo. Recibos, copos de café, luvas, latas de refrigerantes. E eu recolho tudo isso”.

Ele garante que o lixo não fede nem apodrece. Para isso, Justin percorre as lixeiras de Nova York diariamente e pega todo o tipo de lixo: tickets do metrô, embalagens de cigarro, pedaços de papel, garrafas de cerveja quebradas e o que mais aparecer. Depois ele leva tudo para o seu apartamento, reavalia o que vai e o que não vai ser utilizado e arruma o material cuidadosamente em caixas plásticas transparentes.
"Hoje o lixo de Nova York já pode ser encontrado em mais de 20 países".
Os cubos são assinados, enumerados e datados como qualquer outra obra de arte. Ele ainda produziu edições limitadas
com lixo do Ano Novo na Times Square, da Convenção Republicana no Madison Square Garden e do World Series no estádio dos Yankee
“Hoje o lixo de Nova York já pode ser encontrado ao redor do mundo. Mais de 800 cubos estão distribuídos em 41 estados americanos e 20 países”, afirma o artista. As caixinhas com lixo são vendidas nas ruas de Nova York e no site do artista e custam entre US$50 e US$100.
Seria bacana fazer uma exposição com caixinhas de todos os países... eu fico imaginando como seriam as lembranças com o lixo Brasileiro!!!
visto aqui

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